segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Filosofia de Cevada II - Stardust

Bastou trocar umas letras e olhar pra cima. Havia estrelas, e das estrelas nós viemos.

Particularmente (meu "particularmente" se trata da verdade absoluta no universo Overdose Intuitiva, ok?) considero a língua portuguesa a mais bela que existe. Não sou nenhum discípulo de Policarpo Quaresma, mas também considero nosso hino e nossa bandeira os mais lindos. Mas isso não vem ao caso.

A poesia, a fonética, as rimas, a imensidão de palavras que modificam todo um contexto apenas trocando uma sílaba tônica. Tudo soa maravilhoso na língua portuguesa e tenho orgulho de me dar bem com ela.

Pois bem, isso tudo foi apenas pra mostrar que não sou apegado em nenhum estrangeirismo. Tanto é que me irrito quando alguém escreve "delivery" no lugar de "entrega" ou coisa parecida. Mas há palavras em inglês que me fazem pensar em coisas absurdas em lugares ou horas não muito convencionais. Uma delas, a mais de todas, a Forrest Gump do dicionário é:

Stardust - É a junção de star (estrela) e dust (poeira). Primeiramente, ela tem uma fonética maravilhosa. "Segundamente". Poeira e estrela em um mesmo contexto? Tão insignificante como poeira, vindo de algo imensuravelmente importante como uma estrela. Isso é de deixar perplexo. Terceiramente. Ah, esse terceiramente...

Imagine minha profunda admiração pelo espaço (já bastante descrito por aqui) aliado com minha curiosidade sobre algo que provavelmente nunca vou saber ao certo. Agnóstico com um pé no ateísmo, não sei explicar como surgiu a vida. Não sei assim como todo mundo não sabe (muito menos a Bíblia) e acham que suas teorias são as verdades absolutas. Porém acho muito interessante a teoria de que somos poeiras das estrelas (stardust). Acho interessante e muito lógico. Pois somos feitos de átomos e esses átomos podem ter vindo de qualquer parte do universo. De uma explosão de uma estrela, de uma colisão de um asteróide com um planeta ou, quem sabe, de um espirro de Deus (=.

E o que essa palavra com 9 míseras letras carrega é nossa possível (ainda longe de provável) origem e nossa importância no infinito. Você, eu, a Angelina Jouli, aquela pedra que você chutou na rua. Todos podemos conter átomos de bilhões de estrelas. Somos, de certa forma, imensuráveis.

Mais coisas na salada? Imagine minha profunda admiração pelo universo, minha curiosidade sobre algo que provavelmente nunca vou saber ao certo e minha paixão por rock progressivo da suécia:

"Stardust we are, close to divine" (Stardus We Are - The Flower Kings)

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