domingo, 25 de maio de 2014

Sempre serão tempos de mudança.

Eu, você, seu vizinho, aquela sua tia que compartilha piadas do gatinho no Facebook, todo ser humano normal temos algo em comum: Temos forte resistência a mudanças. E não me venha falar que você não é assim, pois está no fundo do seu psicológico manter o status quo de sua existência.
Veja esse blog, por exemplo. Fazia 5 anos que mantinha os mesmos tudo. Cores, imagens, formas, proporções... Gosto tanto de mudar que até meia hora atrás tinha um link do Orkut ali do lado (que foi substituído por meu portfólio desatualizado). Pra bem ou mal, mudei o quase tudo. O preto e branco não abro mão, já que eu e meu daltonismo nos sentimos confortáveis nele.

Mas o que é mudar a cor do blog perto da verdadeira mudança de vida que tive nos últimos 6 meses? Pra quem não sabe, depois de me formar saí da minha confortável e minúscula cidade na aventura de ganhar a vida no sul do Brasil. O que trouxe comigo? Dinheiro pra não morrer de fome e dormir na rua, roupas que couberam na mala  e 2 grandes companheiros a quem confio os Yakult que guardo na geladeira (a cerveja ainda está em fase de provação).

Foi nessa grande mudança que vi a resistência das pessoas em dar um 90º em suas vidas. Não dá pra contar quantos chamaram a mim e meus companheiros de loucos por largarmos tudo e ir sem rumo pelo país. Quando dizia que estava indo sem emprego em vista e sequer uma casa pra morar era como dizer que estava indo pra um Bar-Mitzvá na Alemanha nazista.

Os motivos de estar aqui hoje são um capítulo a parte, mas sobre mudanças bruscas só digo: Não é fácil, mas se for necessário, é vital. Não sou eu quem vai dar lições de vida pra quem é infeliz, quem fará melhor é Jack Kerouac e Christopher McCandless. Leia On The Road e assita Into the Wild. Verá que a única corrente que te prende é sua apatia.

Ouvindo: Pink Floyd - When You're In