quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Top - Personagens mau exemplo

Não estou criticando nenhum desses personagens, seu impacto na sociedade ou coisa parecida. Muito pelo contrário. Sou fã de todos, adoro o politicamente incorreto e me vejo fascinado por anti-heroísmo.

8 - Alex DeLarge (Filme Laranja Mecânica) - O ultraviolento



Quantas vezes já ouvi falar: - O DeLarge é foda! Um jovem que tem atos violentos como hobbie. Péssimo exemplo para a juventude oprimida da época de lançamento do filme.

7 - Dexter (Série Dexter) - O Assassino


Quem não gostaria de assassinar todos os traficantes, estupradores e pedófilos do mundo? Eu sim. Querer, todos queremos e Dexter é nosso ícone. Porém justiça com as próprias mãos não é legalmente correto para uma sociedade. A final, o Código de Hamurabi já foi extinto há algum tempo.

6 - Agostinho Carrara - O trambiqueiro


Agostinho Carrara é o estereótipo do brasileiro que quer ganhar a vida sem muito esforço. Consegue dinheiro e não paga, compra fiado e não paga. Dobra o sogro, a esposa e qualquer um que ver pela frente.

5 - Ben Linus (Série Lost) - O manipulador



Nem todos têm aqueles esses olhos amedrontadores como arma. Mas bem que gostaríamos de nos safar de emboscadas usando apenas o dom da fala. E nisso, Ben é especialista. Conta mentiras tão bem que qualquer um caí na sua refinada lábia.

4 - Barney Stinson (Série How I Met Yout Mother) - O cafajeste


Para os homens, é um ótimo exemplo a ser seguido. Todos os dias com uma diferente, usando “técnicas” de sedução peculiares (com sucesso as vezes). Já para as mulheres não é bem assim, é um cafageste que sequer sabe da existência delas no próximo dia.

3 - Neil Cafrey (Série White Collar) - O estelionatário



Uma pessoa que é boa em tudo que faz e ganha dinheiro fácil. Falsificador, vendedor, ladrão, estelionatário e mentiroso. Por mais que esteja ajudando a justiça em sua nova vida, não consegue se safar do seu passado e suas recaídas fora da lei são constantes.



2 - Dr. House



Cínico, sarcástico, irônico, infantil, egoísta, preguiçoso, egocêntrico, viciado, anti-social e, principalmente, extremamente competente no que faz. O médico alia sua inteligência com todas essas “virtudes”, e usa frases de efeitos que deixam qualquer um boquiaberto. Assistí-lo conversar é péssimo se você tem 1% de seu caráter.

Homer Simpson - O preguiçoso, guloso, bêbado, egoísta, anti-religioso, mentiroso, burro...



Homer uma espécie de compilação do que há de pior (e as vezes de melhor), do cidadão norte-americano, uma sátira. Óbvio que ser burro como ele, ninguém pretende. Mas sua “filosofia” é amplamente difundida. A final, de consumistas e preguiçosos todos nós temos um pouco.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Filosofia de Cevada II - Stardust

Bastou trocar umas letras e olhar pra cima. Havia estrelas, e das estrelas nós viemos.

Particularmente (meu "particularmente" se trata da verdade absoluta no universo Overdose Intuitiva, ok?) considero a língua portuguesa a mais bela que existe. Não sou nenhum discípulo de Policarpo Quaresma, mas também considero nosso hino e nossa bandeira os mais lindos. Mas isso não vem ao caso.

A poesia, a fonética, as rimas, a imensidão de palavras que modificam todo um contexto apenas trocando uma sílaba tônica. Tudo soa maravilhoso na língua portuguesa e tenho orgulho de me dar bem com ela.

Pois bem, isso tudo foi apenas pra mostrar que não sou apegado em nenhum estrangeirismo. Tanto é que me irrito quando alguém escreve "delivery" no lugar de "entrega" ou coisa parecida. Mas há palavras em inglês que me fazem pensar em coisas absurdas em lugares ou horas não muito convencionais. Uma delas, a mais de todas, a Forrest Gump do dicionário é:

Stardust - É a junção de star (estrela) e dust (poeira). Primeiramente, ela tem uma fonética maravilhosa. "Segundamente". Poeira e estrela em um mesmo contexto? Tão insignificante como poeira, vindo de algo imensuravelmente importante como uma estrela. Isso é de deixar perplexo. Terceiramente. Ah, esse terceiramente...

Imagine minha profunda admiração pelo espaço (já bastante descrito por aqui) aliado com minha curiosidade sobre algo que provavelmente nunca vou saber ao certo. Agnóstico com um pé no ateísmo, não sei explicar como surgiu a vida. Não sei assim como todo mundo não sabe (muito menos a Bíblia) e acham que suas teorias são as verdades absolutas. Porém acho muito interessante a teoria de que somos poeiras das estrelas (stardust). Acho interessante e muito lógico. Pois somos feitos de átomos e esses átomos podem ter vindo de qualquer parte do universo. De uma explosão de uma estrela, de uma colisão de um asteróide com um planeta ou, quem sabe, de um espirro de Deus (=.

E o que essa palavra com 9 míseras letras carrega é nossa possível (ainda longe de provável) origem e nossa importância no infinito. Você, eu, a Angelina Jouli, aquela pedra que você chutou na rua. Todos podemos conter átomos de bilhões de estrelas. Somos, de certa forma, imensuráveis.

Mais coisas na salada? Imagine minha profunda admiração pelo universo, minha curiosidade sobre algo que provavelmente nunca vou saber ao certo e minha paixão por rock progressivo da suécia:

"Stardust we are, close to divine" (Stardus We Are - The Flower Kings)

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Filosofia de Cevada I – Rupturas

Só existe um lugar no mundo onde eu possa colocar as pernas pra cima e ouvir meu bom rock tranquilamente tomando uma cerveja. Esse lugar é meu quarto.
Nada de especial nesse sábado a tarde, tanto é que nem me lembraria dele, e principalmente, do que havia pensado nele se não tivesse achado rascunhos disso aqui.

Foi ouvindo Ramones que passei a reparar que o que entra pra história são as rupturas.
Ok, explicar-vos-ei através do exemplo desmoronamento do Punk na cabeça amarelo-cor-de-ovo de John Rotten.

A primeira ruptura do dia, o surgimento do Punk. O Punk Rock foi (desculpe, mas Punk Is Dead sim) um estilo que pregava em suas letras e atitudes um descontentamento com o sistema do mundo (essa birrinha contra o McDonnalds e Coca-Cola vem daí), uma vez que os jovens, principalmente do Reino Unido, se sentiam oprimidos pela classe burguesa capitalista e não tinham perspectivas de vida. Esse sentimento foi refletido na música. Antes do Punk Rock, o que predominava eram as mega bandas, pomposas, com instrumentistas formados em universidades usando instrumentos caros. Os músicos queriam, naturalmente, ser como seus ídolos, fazer sucesso e ganhar dinheiro. Porém cada vez ficava mais difícil, a cada dia o rock tendia a ser mais complexo e, consequentemente, distante da realidade dos jovens com “vida normal”. E, se não fosse por essa opressão e o ódio pelo sistema do Punk, hoje estaríamos vendo shows de rock em teatros de óperas.
Eis a primeira ruptura do dia, do rock pomposo para um rock simples, feito com instrumentos de segunda, músicos não muito competentes (mas muito talentosos) falando o que sua classe queria ouvir.
“We love our queen. God saves. God save the queen.” (Sex Pistols, em uma óbvia avalanche de sarcasmo).

A segunda ruptura foi como isso tudo se desmoronou. Foram 2 motivos. Um deles: O Punk Rock era simples por natureza, tanto em melodia quanto em letras. O estilo foi tão difundido pelo mundo que se saturou. Não existia mais o que falar e foi se tornando enjoativo com o tempo. 4 acordes iam sendo repetidos e o discurso já não tinha o mesmo efeito. O outro, e mais importante, foi a descrença de alguns quanto a eficiência do Punk. Anos e anos lutando contra o sistema e ele sequer deu sinal de mudança. Surge então outro estilo, Pós-Punk (ou Gótico). Com a seguinte ideologia: O problema não está no mundo, mas sim dentro de nós. Assim surge no mundo bandas com letras extremamente depressivas, criticando nós mesmos e nos comparando a lixos.
Essa foi a segunda e mais importante ruptura do dia, pois não basta lutar contra um sistema que oprime se nós mesmo somos assim por natureza.

É fantástico como a música reflete na sociedade e nas nossas vidas, basta absorvermos esses dois fatos em nossas vidas e nos tornaremos pessoas melhores.
Primeiro: Sejamos simples. Dar valor a pequenas coisas na vida, como olhar um pôr-do-sol ou dar uma boa gargalhada faz muito bem.
Segundo: Deixemos de por a culpa no mundo. Não adianta falar que o mundo é injusto, pois o mundo é feito de pessoas e pessoas são injustas que só pensam em sí. Não adianta chorar ou ficar bravo. Problemas ocorrem corriqueiramente e ninguém é isento disso. Resolva e pronto.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Filosofia de Cevada. Gênesis

Não se trata de falar das bundas de mulheres ou que quero ir ao banheiro. É uma fase onde os neurônios parecem se entender com o álcool e o resultado é uma fase fértil onde os pensamentos parecem fluir deliberadamente.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Inception - Neorônios em forma de omelete



Contém spoilers.

Uma coisa que me fiz escrever sobre A Origem (Inception) meio atrasado (algumas semanas depois) foi esperar a poeira baixar, o estouro da boiada se acalmar e meus neurônios agora poderem trabalhar em prol desde post.

Pobre de mim. Achava que nada podia fritar mais meus miolos que Clube da Luta, ou Efeito Borboleta. Eis que surge uma obra de um diretor que se mostra cada vez mais ousado e sem medo de errar. Após reformular o envergonhado Batman no cinema, cria uma história que me fez imaginar que tipo de droga Christopher Nolan usou pra pensar nisso tudo que, não chega ser impossível de se entender, mas uma simples olhada no relógio faz perder todo sentido (torça pra ter algum).

No início, já era de se esperar uma cena pra não se entender nada (sem querer subir em cima da onça morta pra tirar foto, mas imaginei que aquele seria o final). Depois a coisa vai complicando. É necessário entender tudo a partir do final da primeira cena, se não, é melhora começar de novo. E não tenha vergonha de recomeçar.

Porém, Inception não é só complexidade crua e inteligência, o filme é extremamente empolgante, principalmente nas cenas em que certos acontecimentos só podiam ocorrer em sonhos. (A “falta de gravidade” no hotel como conseqüência da Van estar caindo no rio, por exemplo). Com personagens carismáticos e interessantes. Leonardo DiCaprio cada vez mais maduro e me fazendo esquecer Titanic é um ponto a se relevar. E, claro, alguns efeitos especiais, como a cidade se dobrar para cima e segundo minha amiga e (sic) fã, Tais, estudante de Cinema e futura editora, a cena da Van caindo no rio. Desculpe, mas a palavra é “FODA!”

Vai um paradoxo aí? Pra completar a omelete de neurônios, busquei um defeito no filme achei um. Ele é extremamente didático, chegando ficar enjoativo todo mundo explicando como tudo funciona. Porém, se eles explicando passo a passo já fica difícil de entender, sem fazer isso seria impossível de fato. Então, deixa esse defeito de baixo do tapete da razão.

Dentre infinitas perguntas que podem surgir após o término do filme, a que mais me intrigou foi: Quem é o vilão, quem é o mocinho? A resposta é simples, ninguém e ninguém. Os supostos heróis são pessoas com índoles duvidosas. Ladrões, mercenários, falsificadores, que entram na mente de uma pessoa a mando de seu concorrente, criam um mundo de mentiras inserindo uma idéia primária para que se desenvolva e acabe com si mesma. Nos moldes do maniqueísmo, isso não é lá uma coisa muito heróica. E o vilão? Robert Fischer (Cillian Murphy) não faz nada além de se defender em seus próprios sonhos (utilizando de técnicas “anti-invasão”) e que é enganado o tempo todo pela equipe de Dom Cobb. (Leonardo DiCaprio).

Essa é uma das poucas perguntas onde há respostas. Outras, como: Ele matou a esposa? (creio que sim, ele usou a inserção para que ela se matasse) O final é real ou um sonho? (O pião começou a querer parar de rodar) já não são simples de responder e dependem da interpretação de cada um.

Inception é um filme genial, com uma história genial, edição genial. Mas o que mais admiro em filmes de Nolan é seu toque de realidade, mesmo em fantasiosos como Batman ou Inception. Ele nos mostra que, assim como na vida real, não existe ninguém bom e ninguém mau. O que existem pessoas buscando seu lugar no mundo e realizar seus sonhos...

Sonhos?

O próximo será Batman – Dark Knight Rises. Não me decepcione, Nolan!

domingo, 2 de janeiro de 2011

Diferenças, coisa e tal.

Nesse fim de ano, nas minhas curtas férias, fui pra minha querida e amada São Paulo e passei o reveillon na Av. Paulista. Como já era de se esperar, havia um mar de gente e alguns quilômetros de festa.

Como também já esperava, alguns artistas no palco. Como Zezé de Camargo e Luciano, Fábio Junior e dois que me chamaram atenção. Não pela sua qualidade ou falta dela, mas sim pela sua história e pela diferença de como chegaram aonde estão no cenário musical. Um deles, o irritante Fiuk e o consagrado Capital Inicial.

O Capital Inicial vem de um berço músical do qual grande parte das bandas de rock nacionais também vieram. Principalmente dos anos 80. Assim como o Legião Urbana,São resquícios da banda punk Aborto Elétrico. Não vou me aprofundar muito na história da banda, pois só queria mostrar que existe um histórico de competência pro Capital Inicial chegar onde chegou. Diferentemente de...

Fiuk. Sem voz, sem talento algum pra compor e com o cabelo bagunçado. Mas, fazer o que? Pai famoso, não precisa falar mais nada. Chega ser hilário ver aquela coisa metida a roqueira tentando levantar o público com sua animação anêmica. "Quero ver quem tá mais animado, lado direito ou lado esquerdo" - Tenha dó, coisa de banda de formatura tocando em carnaval.

Bem, mas foi ótima a festa. Me surpreendi com a organização. Me disseram que só teria "maloqueiro" querendo te assaltar e brigas. Mas pelo contrário, fiz bastante amizade (mesmo nunca mais vendo algumas pessoas) e gente bêbada igual eu :-)