sábado, 30 de outubro de 2010

Não ria

O Blog da Michas me fez lembrar que sou especialista em música depressiva. Foi difícil, mas escolhi 10 músicas de 10 bandas diferentes que exploram esse “recurso”.

The Scientist - Coldplay

Pra começar leve, uma baladinha triste.
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Durma Medo Meu - Teatro Mágico
Vai uma brasileira aí? Música dessa talentosíssima banda cujas letras são figuras fáceis em nicks de MSN.
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Tears - Rush
O trio virtuoso canadense não foi muito de compor músicas nesse aspecto, mas bem que podiam...
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Second Love - Pain Of Salvation
Linda balada da banda de um dos maiores músicos do mundo, Daniel Gildonlow
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Vento no Litoral - Legião Urbana
Todos tem suas origens musicais. As vezes ficam com elas pra sempre, as vezes simplesmente deixam de ouvir, outras se envergonham. Volta e meia me pego ouvindo Legião Urbana. Não é algo constante, mas não me envergonho de incluir essa música na lista.
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Are You There - Anathema
Essa música faz parte do álbum que dividiu a vida da banda que faz parte da Trindade Doom-Metal Britânica (Só não sei se os puristas consideram isso ainda). Linda, triste, arrepiante.
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Lacrimosa - Crucifixio
Música de cemitério, de enterro, de qualquer coisa que deixa amargurado. Escolhi ela pra representar a música Gótica que tem por fundamento ser depressiva.
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Videotape - Radiohead
Ok ok. Novidade nenhuma Radiohead numa lista deprê. Mas convenhamos, eles não devem faltar de forma alguma. Difícil foi escolher uma dentre tantas.
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Viorar Vel Til Loftarasa - Sigur Rós
Essa do Sigur Rós foi dificílmo. A banda é um ícone do Post-Rock e tem um arsenal de músicas que rasgam o fundo da alma.
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(A letra da música não trata especificamente desse assunto, mas o clipe traz uma história sobre duas crianças homossexuais e uma cena de beijo entre elas. Fiquei pasmo com a coragem deles)

Cody - Mogwai
Não tive dúvidas pra escolher essa. Dentre verdadeiras obras de arte dessa que também é um dos expoentes do Post-Rock. Uma daquelas canções que facilmente fará refletir sobre o que você faz no mundo. (Torça pra imaginar coisas boas, caso contrário uma avalanche depressiva lhe soterrará).
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Entre o pão e o biscoito.

Não foi uma, nem duas, mas várias reportagens já foram exibidas a respeitos daqueles pobres coitados que ganham a vida e o sustento no lixão que nos faz sentir na pele o que é viver de resto dos outros. Às vezes achando coisas para vender, outras para comer. Você, sentado em sua confortável cadeira acolchoada azul (espero ter acertado a cor de pelo menos 70%) com uma geladeira que te sustentará por semanas sem ser recarregada, não deve fazer idéia do que é isso. Felizmente nem eu (sentado em uma cadeira acolchoada azul). Mas o que sinto nessas eleições é algo parecido.

Escolher entre os dois presidenciáveis nesse segundo turno pra mim é como escolher entre um pão e um biscoito encontrados em um lixão. Ambos embolorados, impregnados de sujeira e parasitas só esperando minha mordida para atacar meu organismo a ponto de não poder fazer nada. A situação me obriga a escolher entre os dois, pois a imensa e burra maioria da população insistiu em comer pão e biscoito, e só existe isso disponível. Mas bato o pé, fico com fome, mas não escolho nenhum dos dois, pois sei que qualquer um me adoecerá. Sei que não fará diferença alguma, pois de uma forma ou de outra, um deles será escolhido pela maioria e todos sofrerão de dor de barriga.

Democracia de merda essa em que o povo não tem o poder de escolher se quer votar ou não.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Os “P” da vida – O Marketing de iniciante para patetas

Isso é marketing, aquilo é marketing. Fulano faz isso por marketing. Tal empresa planta árvores por marketing. Na verdade, o senso comum está errado e ao mesmo tempo certo a respeito de marketing. Ao pé da letra, o termo significa “mercadando”. Obviamente essa palavra feia não existe, portanto se usa “mercadologia” pra ficar mais apresentável. Marketing nada mais é que o um imenso (sim, isso foi proposital) estudo e planejamento voltado para a venda de produtos/serviços, manutenção/fortalecimento de marcas e etc. Sim, como todos pensam, marketing pode carregar consigo uma gigantesca enganação para seu consumidor apenas para fazê-lo comprar. Mas não, não é só isso.

O mais básico para se saber sobre marketing é que ele se divide em 4. O famoso mix de marketing, ou 4P’s. Me veio a cabeça o coral da minha sala: Preço, praça, produto e promoção. Sabe, no estilo de Another Brick in the Wall quando as crianças começam cantar: Preço, praça, produto e promoção. Hey, professor, ensine-nos vender!
Pra ilustrar isso, não vou usar um case (Case = caso. Acostume-se com esse estrangeirismo idiota) de sucesso, como vemos por aí. Vou usar algo que é realmente uma puta de uma enganação e que, ao meu ver, não engrena de forma alguma. Mas que ilustra os extremos dos Ps de Marketing.

Tente se lembrar desse comercial:



A poderosa Tekpix. Filma, tira fotos com absurdos 12 megapixels, mp3, mp4, pendrive, webcam, frita ovos, leva o cachorro pra passear...

Olha como é simples ver os 4P nesse caso e como eles são pensados para fazer o consumidor bocó comprar.
Preço: Entrada de 29,90 + 36x39,90 no financiamento bancário.
Praça: É a localização estrategicamente pensada para o ponto de venda. Ela é vendida exclusivamente por telefone e internet, então praça é o Brasil todo. Ela será entregue em casa, então qualquer lugar é praça.
Promoção: As vezes confundido no preço, promoção é toda a comunicação englobada a respeito do produto. Nesse caso, a propaganda de TV. Exaustiva, maçante, digna dos mais chatos e preguentos comerciais com aquele apresentador irritante.
Até aqui, tudo certo. O produto poderia ser um sucesso se dependesse “apenas” desses 3 Ps. Mas...
Produto: Primeiramente, nada descrito na propaganda é mentira. Mas o que o “marketing” faz, nesse caso, é esconder o que realmente essa porcaria de câmera é.
Sim, ela filma. O vídeo sai um lixo, mas filma.
Sim, tem 12 megapixels. Interpolados! Ou seja, ela tira fotos em tamanhos grandes, mas a qualidade da imagem é um lixo.
Sim, ela é mp3 e mp4. Com uma memória interna de 32 mb. Vai ter que comprar um cartão separado, pois não suporta nem 15 músicas e não sobra espaço pra suas fotos.
Sim, ela é um pendrive. Imagina carregar esse trambolho só pra transferir um arquivo.

Portanto, o problema da TekPix não é preço, pois por mais que seja cara em relação a outras muito melhores, ela oferece boas condições para o grande público comprar. Não é praça, pois seu público alvo tem computador em casa e pode comprar pela internet ou telefone. Definitivamente não é promoção. Todo mundo já se cansou de ver aquele apresentador irritante falando Tekpix Tekpix Tekpix Tekpix Tekpix... E por mais que seja irritante, a propaganda funciona, pois todos nós conhecemos de alguma forma a TekPix. Então, o motivo básico para você não ver essa aberração da tecnologia nas mãos de qualquer um é ela mesma. A câmera é ruim, e em um mundo com informações globalizadas, seus defeitos são espalhados e quem busca informações sobre a mesma, acaba esbarrando em opiniões como essa, desse blog.

Eu só queria saber de onde eles tiram a informação que é a filmadora mais vendida do Brasil...

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Vai diminuindo a cidade...

Quem tem antena parabólica em casa e assiste rede Globo com certa freqüência certamente já deve ter visto alguns vídeos fazendo propaganda sobre diversos estados do Brasil. Ceará, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo... Pode até dizer que seja puxação de sardinha pro meu estado, mas os comerciais de Minas Gerais são os que mais conseguem levar a essência do estado para o espectador. No total são 4 diferentes, Paula Fernandes com Seio de Minas, Cesar Menotti e Fabiano com Minas das Violas, Tianastácia com o rock n’ roll Eu Sou Mineiro e a mais fabulosa de todas:

Pato Fu - Simplicidade



É simples, a música fala por si.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

3º Mundo né?

É certo que tamanho não é documento. O Japão e países europeus quem o diga. Porém nossos vizinhos, com décimos do nosso tamanho, espremidos pela Cordilheira dos Andes e pelo Oceano Pacífico mostram mais uma vez que a organização e o preparo são cruciais para um desfecho de sucesso como o tão aclamado caso dos mineiros soterrados.

O Chile aprendeu com sua própria história que para seres humanos sobreviverem em seu território eles teriam de superar cada vez mais desafios e, inevitavelmente, catástrofes. Desde 1570 o país sofre com abalos sísmicos e tsunamis e centenas foram registrados ao longo da história. Desde 1960, ano da pior catástrofe de sua existência, o Chile adota medidas de poupança de fundos para o país não entrar em um colapso financeiro para cobrir o prejuízo causado pelos seus constantes abalos sísmicos.

Em fevereiro 2010, novamente um terremoto assola o Chile, 15% de seu PIB foi o preço a pagar pelo prejuízo. “Estados de catástrofe” anunciados pelo governo, milhares de famílias desabrigadas e 800 mortos. Meses depois, tudo resolvido. A vida volta ao normal, ou quase. Só para comparar, o terremoto no Chile foi 100 vezes maior que o ocorrido no Haiti, que matou 230 mil pessoas e até hoje o país não se reconstruiu.

E no mesmo ano, desde a descoberta dos mineiros sobreviventes a mais de 600 metros, o governo traçou um plano não só para o resgate, mas também do tratamento que tentará trazer de volta a vida quem passou 69 dias dentro de um buraco sem ver a luz do sol. Os mineiros terão até tratamento com psicólogos para saber como se portar diante tanta exposição na mídia.

Eles agiram rápido, conseguiram ajuda certa e imediata. O que o Chile deixa de lição, para nós que podemos ser considerados mais ricos economicamente, é que ser um país de terceiro mundo na América Latina não é motivo pra ser desorganizado ou burocrático.