A idéia da série é bem original e desperta interesse, embora
a fonte de suas idéias seja bem explícita: Um grupo de pessoas presos a um lugar
isolado do mundo, sendo obrigado a conviver entre si e, onde a trama explora
seu psicológico, suas habilidades, filosofias, conceitos etc. Não, não estamos
falando de Lost. Mas sim de Under the Dome.
Muita gente começa assistir um filme e, por pior que seja,
se vê obrigada a terminar só pra ver o final. Eu não sou assim. Quando começo a
ver um filme, uma série ou ler um livro que de cara não gosto, já paro logo ali
e dane-se o final. Mas com a série Under the Dome foi diferente pra mim.
Comecei a ver, não fui gostando, mas quero terminar pra ver do que se trata o
foco principal: O que é o maldito domo.
Assim como Lost, onde a curiosidade em saber do que se trata
a ilha é o que mais atrai expectadores, Under the Dome tem como principal
atração saber o que é, de onde veio e para onde vai o vidro indestrutível que
prende a cidade de Chester Mill. Não bastasse isso, o Domo também tem suas “vontades”.
Ele quer proteja uma pessoa, mate outra, projeta um objeto e se magoa fácil. A
mesma antropomorfização da ilha de Lost aconteceu com o domo.
Mas o principal foco de Lost, Under the Dome passa muito
longe de fazer igual: A imersão no psicológico humano. Claro que não é tão
viável a comparação, uma vez que Lost teve 121 episódios contra 39 (contando a
terceira temporada, que ainda não começou), mas não precisa de muito para notar
que os personagens da série são totalmente sem carisma, interpretados por
atores insossos. Salvo Dean Norris, que já mostrou por que veio ao mundo em
Breaking Bad, o elenco é recheado de atores patéticos e monofacetados. Alguns
não mostram poder de atuação nem com a cidade toda tremendo, outro sequer muda
de expressão facial na iminência de ser enforcado em praça pública.
Não bastasse isso, a série força a barra com mistérios que
pecam em ser rapidamente (e estranhamento) solucionados, ao mesmo tempo muito arrastados
por não terem graça alguma.
Under the Dome tinha tudo pra ser um filme bom, ou uma série
de 1 temporada, mas continua se arrastando. Prova disso é a queda brusca de
audiência comparando o início da primeira temporada com o fim da segunda.
(13,53 mi para 7,52mi).
E, pra minha ingrata surpresa, terá uma terceira temporada. A
série que agradeça ao Netflix, pois se tivesse trabalho maior de clicar e assistir,
eu jamais passaria do quinto episódio.