quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Explicações impossíveis.

Quando alguém me pergunta que tipo de música eu gosto, eu respondo:
-De música chata.
Como vou explicar pra alguém que eu gosto de músicas de 20 minutos, cheias de significados e solos de tudo quanto é coisa. Rock Progressivo? Neo Prog, Zeuhl, Space Rock. Ah não, eu gosto é de música chata mesmo.
O mesmo acontece com filmes:
-Filmes antigos e chatos.
Filmes em preto e branco, as vezes com produções duvidosas. Mas sempre com algo que não vemos em Crepúsculos ou Harry Potters por aí...
Mas o melhor é essa: -Você faz faculdade de que?
Pra quem sabe o que é Publicidade e Propaganda, ótimo! Mas e quem não faz idéia do que é?
Pra ficar mais fácil eu falo Jornalismo. É mais fácil alguém me imaginar apresentando o Jornal Nacional de terno e gravata do que criando uma campanha publicitária de calça jeans e allstar.
Se eu fosse no mínimo arrogante, poderia dizer do que eu gosto ou estudo e deixar a pessoa a deriva. Mas não, eu sou um cara legal e faço um esforcinho.

Ah, feliz ano novo!

sábado, 26 de dezembro de 2009

Stanley Kubrick e Pink Floyd – Dois universos que se chocam.

Stanley Kubrick e Pink Floyd – Universos que se chocam

O que um diretor de cinema e uma banda de rock progressivo teriam em comum? Seria difícil de imaginar se fosse qualquer diretor e/ou qualquer banda. Mas trata-se de mentes geniais que marcaram pra sempre suas áreas de atuação.
Mas, a relação entre os dois vai além do puro fato de suas genialidades e importância para o cinema e a música. Stanley Kubrick foi um diretor revolucionário, criou filmes que, com certeza, pelo menos um, está na lista dos 10 melhores de todos os tempos de qualquer cinéfilo. Pink Floyd foi uma mega banda admirada por todos amantes de rock progressivo. É o carro-chefe do estilo e a primeira a ser mencionada nesse assunto. O que veremos aqui são características em comum entre os métodos de criação de um marco no cinema e na música.

A exaustiva busca da perfeição

Ainda criança, Kubrick ganhou de seu pai um tabuleiro de Xadrez. Com certeza o pai não fazia idéia da importância disso. Esse simples presente ajudaria criar um espírito perfeccionista em seu filho. Perfeição sempre almejada nas formas, planos de filmagem e fotografias de seus filmes. Onde mais se pode ser notada é no filme Barry Lyndon, seu filme mais visualmente perfeito. Enquadramento, luz e também as atuações. Os atores tiveram que repetir exaustivamente as cenas para finalmente sair como Kubrick queria. É tido também como um marco na fotografia cinematográfica.
A busca da perfeição é uma característica de todo rock progressivo. Mas como o Floyd é a locomotiva desse estilo, cabe a ela o maior reconhecimento. O perfeccionismo do Pink Floyd poderia se resumir a um nome: Roger Waters. O britânico é conhecido como rabugento e excessivamente metódico na composição de suas músicas. Mas não, não se resume a apenas ele. Existem outros três com o mesmo espírito sempre inquieto. David Gilmour, Rick Wright e Nick Mason. Cada um em seus instrumentos. Cada acorde ou solo, letras ou capas é meticulosamente criado para o conceito dos álbuns. Nada é por acaso, tudo está lá porque tem um devido propósito.

O espaço e o tempo

O quesito primário para se assistir um filme de Kubrick: Ter tempo sobrando. Os filmes facilmente ultrapassam às 2 horas. Já o Pink Floyd tem uma discografia regrada de músicas com mais de 10, 12, 15 minutos, algumas com mais de 20. A banda além de ser rotulada como “progressiva”, está inserida em um estilo visivelmente comparável aos filmes de Stanley Kubick, trata-se do Space Rock. Esse estilo é marcado pelas longas passagens de instrumentos, como sintetizadores e uso experimental de guitarras. Kubrick esbanja tal característica. Seus filmes são marcados por longas cenas e, principalmente diálogos. Diálogos que fazem o espectador penetrar profundamente na mente do personagem. O que Kubrick e Floyd magistralmente fazem com isso é prender seu público mostrando o conteúdo denso e, mutas vezes, enigmático, que de suas obras. Embora para muitos não familiarizados com o tempo das músicas e filmes se trata de uma bela provação de paciência.

Megalomania

É difícil imaginar a produção de 2001: Uma Odisséia no Espaço em 1968. Não é um filme pra essa época, não existiam recursos para uma produção tão gigantesca. São efeitos especiais que até para hoje podem ser considerados de alto nível. Kubrick sempre pensa a frente de seu tempo, mas para a produção desse filme ele parece ter se teleportado para o futuro.
Mais difícil ainda era imaginar uma banda na década de 80, em pleno fervor punk, levantar um muro de dezenas de metros no palco pra depois simplesmente destruí-lo, bonecos infláveis gigantescos, shows de luzes e conteúdo. Esse era o Pink Floyd em sua megalomaníaca turnê The Wall. O show The Wall Live in Berlin, que não era com o Pink Floyd mas apenas com Roger Waters foi considerado um dos maiores espetáculos da história da música. Destaque também para a turnê Division Bell com o famoso espetáculo de luzes.
A banda era conhecida por seu experimentalismo com instrumentos eletrônicos como sintetizadores e teclados. Era a banda que tinha, na época, o mais impressionante equipamento musical de todo mundo. Eram caminhões que seguiam viagem em suas turnês e postas no palco.
Foi uma das raras bandas adeptas do sistema de gravação quadrifônica. De tão impressionante era a sua complexidade técnica para instalação e alto custo de implantação o sistema foi um fracasso.

Conceito e conteúdo. O ser humano e seus conflitos

Dr. Fantástico, um fictício desfecho da Guerra Fria caso um cientista com problemas mentais fosse ouvido; Laranja Mecânica, um jovem líder de uma gangue que se diverte estuprando e promovendo a ultra violência que é submetido a um tratamento de choque para curar sua loucura; O Iluminado, uma pessoa aparentemente normal que de tanto ficar isolada enlouquece a ponto de querer matar sua esposa e próprio filho.
Dark Side Of The Moon traz músicas que refletem diferentes fases da vida humana, seus elementos mundanos e fúteis, e a sempre presente ameaça de loucura; The Wall, um rapaz que constrói um muro em sua consciência para isolá-lo da sociedade, e, através das drogas, refugia-se num mundo de fantasia que criou para si.
Nada tão complexo e denso como a mente humana e, mais precisamente, sua loucura. O tema foi tão explorado por Floyd e Kubrick que acabou se tornando características fundamentais de suas obras.
Arte nada mais é que a expressão de sentimentos através de formas, sons, cores e conteúdos. Pink Floyd e Staneley Kubrick podem ser vistos no rol dos grandes gênios da humanidade que usam sua “insanidade” para chegar aonde chegaram. Um vez considerando o extremo apelo a loucura humana nas obras do e seu desdém as tendências.

2001 e Echoes.

Strauss que me perdoe, mas Echoes nasceu para ser trilha sonora de 2001: Uma Odisséia no Espaço.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Natal, natal.
O que é Natal?
Para os donos de lojas de móveis, é a época das grandes promoções.
Para os publicitários, é hora de fazer campanhas sazonais.
Para os economistas, é tempo de fazer projeções de quanto as vendas aumentarão.
Para os desempregados, uma chance de conseguir um emprego temporário.
Para os empregados, feriado (com um pouco mais de sorte, recesso)
Para as crianças, presentes.
Para os pais, contas.
Para os donos de carros, já pensar no IPVA.
Para os corretores de imóveis, IPTU.
Para os arte-finalistas, é hora de usar cor vermelha.
Para os donos de mercados, é época de vender peru, tender e chester.

Pra mim, um pouco menos capitalista, é hora de ver a família reunida.

Feliz Natal.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

E o inverso mostra como se faz.

A ferramenta ou técnica que eu mais admiro na publicidade é a utilização do oposto. É fantástico ver uma campanha onde o principal objetivo é divulgar um produto/serviço mostrando o inverso do que qualquer um faria.
Como a campanha da Smirnoff. Um casal, dentro de um avião, está prestes a pousar em Mianmar. Quando um deles diz (algo parecido): "~180 países com Smirnoff para parar, paramos em um que não tem Smirnoff".
Ou seja, os ~180 países onde se vende Smirnoff foi deixado de lado e a propaganda focou um país onde não vende. Qual resultado disso? Uma mega mensagem de que existem pouquíssimos países onde não se vende a vodka, e, consequentemente, enúmeros países onde se vende.
Eu fiz algo parecido no trabalho final de Redação Publicitária II. Para uma franquia de hot-dog eu criei o título de campanha "Bom até pra gato" e foquei gatos (pode-se dizer o contrário de cachorros) nas peças. (Pois é, eu engatinho nisso ainda).
Acredito que é uma boa forma de abrir a cabeça das pessoas. Esquecem um pouco o óbvio pregado feito chiclete e criar aos poucos um novo conceito sobre o que as rondam.

Por fim. Nada que eu vi até hoje se tratando da técnica do inverso chega perto disso:

Vídeo promocional Google Chrome


É genial. Tanto a mulher tocando harpa ao fundo (dando a impressão de que ela apareceu por acidente), quanto a forma de mostrar as vantagens do Chrome de forma tão "não-tecnológica". O que faria alguém criar um vídeo para um navegador de internet sem "aparatos tecnológicos", sem efeitos visuais vertiginosos, sem setas voando, sem microchips no fundo, sem fibras ópticas, sem musica eletrônica empolgante de um dj japonês...?

O que faz alguém criar isso é o que o difere de seres humanos óbvios comuns. E eu ainda quero descobrir...

Um 2009 nada verde.

2009 foi um ano que jamais sairá da cabeça de qualquer palmeirense. Infelizmente.
Começamos o ano superando as espectativas. Atropelamos tudo e todos na primeira fase do Paulistão. Contando com a ajuda da maior promessa do momento. Keirrison. Fomos eliminados nas semi-finais com duas memoráveis atuações pífias dessa promessa, que se mostrou apático em jogos decisivos e em clássicos importantes.
Após muito sofrimento, e um gol histórico de Claiton Xavier, passamos para a segunda fase da Libertadores da América, passamos pelo Sport graças ao santo que temos em baixo das traves e, novamente, a esperança de gols chamada Keirrisson sequer corria em campo. Fomos eliminados nas quartas de final.
Já não bastava tanto desastre, eis que começa o Campeonato Brasileiro. Trocamos de treinador, eliminados o lombriga camisa 9 e começamos uma campanha rumo ao título. Diego Souza enfim mostra seu futebol e com uma sequencia de êxitos que nos faz sermos apontados como o melhor time do Brasil e favoritíssimos ao título.
Inexplicavelmente, conseguimos perder para os piores times do campeonato. Perdemos a liderança e no final não ficamos nem com a vaga para a Libertadores de 2010.
Foi um ano pra se esquecer, mas isso será impossível.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Um dedinho de prosa

RAFeW: uma vez eu li uma frase tão.. tão sei la o q
RAFeW: me fez pensar que nós somos apenas um amontoado de matéria que se compreende
ѕ ħ α d d γ c: é horrivel né
RAFeW: não existem criaturas divinas.. magia.. nada.. só atomos.. todos juntos formam isso q chamammos de vida
ѕ ħ α d d γ c: mas xuxu, é impossível um monte de átomos ridículos se juntarem e formarem um sistema tão complexo como o nosso corpo e todos os nossos sistemas e tal
RAFeW: 6 bilhoes de anos de evolução fizeram dos atomos ridiculos se unirem e formarem essa coisa tão complexa
RAFeW: mais de 80% do nosso corpo é feito de água.. agua nao é nada mais que dois atomos de hidrogenio e um de oxigenio
RAFeW: as coisas podem ser complexas o tanto q forem.. mas elas são feitas de coisas básicas (e ridiculas)
ѕ ħ α d d γ c: eu sei, mas não é engraçado? um monte de átomo se juntar e formar o pâncres, o estômago, a bílis
ѕ ħ α d d γ c: e tudo isso funcionar de um jeito meticulosamente funcional
RAFeW: lindo né.. a ciencia é linda
ѕ ħ α d d γ c: não sei, preciso de muita explicação pra poder entender como que átomos vão funcionar desse jeito tão bonito
RAFeW: atomos formam meleculas.. q formam celulas.. q formam tecidos.. q formam orgãos
ѕ ħ α d d γ c: mas é impossível
ѕ ħ α d d γ c: não entra na minha cabeça
ѕ ħ α d d γ c: como que esses bilhões de átomos de juntaram pra formar nosso corpo?
RAFeW: bilhoes?
ѕ ħ α d d γ c: os dois pulmões lado a lado, o coração dentro
RAFeW: bilhoes são só numa cabeça de alfinete kkkkkkkk
ѕ ħ α d d γ c: eu sei
RAFeW: eu tb nao entendo xuxu.. eu tenho umas ideias empiricas sobre isso..
RAFeW: atomos tem força de ligação.. nem todos atomos se ligam um com o outro
RAFeW: com o tempo.. e evolução fez cada atomo ligar com outro exatamente pra formar as coisas o.O
ѕ ħ α d d γ c: é muito obscuro
ѕ ħ α d d γ c: por que formou um bicho? uma árvore? podia formar um planeta de novo
ѕ ħ α d d γ c: porque o cérebro manda impulsos nervosos e a gente sente no corpo todo? como que os átomos determinam isso? como que acontece? jesus amado, preciso de respostas..
RAFeW: tb preciso =/
ѕ ħ α d d γ c: bom xuxu, enquanto isso não acontece
RAFeW: viu como atomos nao sao tao ridiculos assim
ѕ ħ α d d γ c: são ridículos porque são pequenos e quando se juntam fazem tudo ficar bonito e esplendoroso
ѕ ħ α d d γ c: e nós pessoas quando reunimos não fazemos nada


Não acredito em destino. Mas alguma força maior deve escolher a dedo quem cai de paraquedas na minha vida.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Estragando um clássico em 3 min.

Que as versões brasileiras de grandes clássicos da música internacional é uma lástima, ninguém duvida. Mas o que fizeram com The Sound Of Silence do Simon & Garfunkel é de se revoltar. Eu fiz uma comparação com a "É por você que canto" do Leandro e Leonardo... Lamentável.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Feeling Matemático

Primeiramente, detesto usar palavras em inglês ou qualquer outra língua gratuitamente, mas "feeling" em português ao pé da letra significa "sentimento". E não soa muito bem no contexto, já que eu busco, além de simplesmente gostar, analisar cada nuance ou significado do que vejo, ouço ou leio. Já feeling, em inglês mesmo, tem uma proposta de dar um conceito de antimecanização, podendo facilmente chegar ao contexto de "orgânico".

Segundo a Teoria Matemática Funcionalista da Comunicação, a repetição de uma informação diminui os riscos de ocorrência de ruídos do emissor ao receptor. (compre Batom, compre Batom, compre Batom...), portanto, algumas coisas eu acho que merecem um "bis", mesmo que seja por motivos tão peculiares. Pra, quem sabe, eu eliminar qualquer ruído que interfira na ligação entre minha opinião com o senso comum. (Não, não estou tentando pensar como o senso comum, mas sim o entender).

2001 - Uma Odisséia no Espaço
Quanto mais eu coleto informações sobre clássicos do cinema, quanto mais entro em blog's, foruns, comunidades. Quando mais conheço cinéfalos, mais eu noto o quanto a crítica eleva esse filme. É um absurdo o número de pessoas que dizem sem medo algum que esse é o melhor filme de todos os tempos. E eu, bem, eu não gostei.
Felizmente alguém disse que passou a gostar do filme a partir da 4ª vezes que o assistiu. Não custa tentar.

Prost - No Caminho de Swann
Outro clássico, mesmas opiniões de especialistas. Porém da literatura. Eu já comecei a ler 4 vezes e na última, postei um desafio neste mesmo blog e ele venceu, mais um vez. Não hoje, nem amanhã. Mas no momento em que eu achar certo eu lanço outro desafio.

Genesis
Uma das mais conceituadas bandas de Rock Progressivo, um dinossauro, um "medalhão". Mesmo tendo negligenciado toda e qualquer música pós Peter Gabriel, eu ainda não digeri essa banda. A discografica já está engatilhada no Bitcomet e meu mp3 player está a postos. Vai ser um choque térmico no cérebro.

O Pequeno Príncipe
Esse é diferente. Mesmo sendo um e-book, é meu livro de cabeceira. Eu leio, e quando termino, leio as partes que eu mais gosto. Aqui nunca houve ruídos, a comunicação já é clara desde o início.