quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

E o inverso mostra como se faz.

A ferramenta ou técnica que eu mais admiro na publicidade é a utilização do oposto. É fantástico ver uma campanha onde o principal objetivo é divulgar um produto/serviço mostrando o inverso do que qualquer um faria.
Como a campanha da Smirnoff. Um casal, dentro de um avião, está prestes a pousar em Mianmar. Quando um deles diz (algo parecido): "~180 países com Smirnoff para parar, paramos em um que não tem Smirnoff".
Ou seja, os ~180 países onde se vende Smirnoff foi deixado de lado e a propaganda focou um país onde não vende. Qual resultado disso? Uma mega mensagem de que existem pouquíssimos países onde não se vende a vodka, e, consequentemente, enúmeros países onde se vende.
Eu fiz algo parecido no trabalho final de Redação Publicitária II. Para uma franquia de hot-dog eu criei o título de campanha "Bom até pra gato" e foquei gatos (pode-se dizer o contrário de cachorros) nas peças. (Pois é, eu engatinho nisso ainda).
Acredito que é uma boa forma de abrir a cabeça das pessoas. Esquecem um pouco o óbvio pregado feito chiclete e criar aos poucos um novo conceito sobre o que as rondam.

Por fim. Nada que eu vi até hoje se tratando da técnica do inverso chega perto disso:

Vídeo promocional Google Chrome


É genial. Tanto a mulher tocando harpa ao fundo (dando a impressão de que ela apareceu por acidente), quanto a forma de mostrar as vantagens do Chrome de forma tão "não-tecnológica". O que faria alguém criar um vídeo para um navegador de internet sem "aparatos tecnológicos", sem efeitos visuais vertiginosos, sem setas voando, sem microchips no fundo, sem fibras ópticas, sem musica eletrônica empolgante de um dj japonês...?

O que faz alguém criar isso é o que o difere de seres humanos óbvios comuns. E eu ainda quero descobrir...

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