quinta-feira, 30 de julho de 2009

Pontualidade Sistemática

7 da manhã, olho no relógio, se estiver com dificuldade pra ver os ponteiros é sinal de que ainda não é hora de acordar. Adormeço. A partir do primeiro segundo me vem um turbilhão de sonhos quais não consigo distinguir onde começa um e termina o outro e do que eles se tratam. São minutos estravagantes do meu subconciente onde não há limite para a falta da razão. Tão ilógico que não consigo explicar nem 5 segundos depois de acordar, as 7:20. Volto a dormir. As 7:27 acordo para desligar meu despertador e finalmente levantar. Eu nunca deixo de me impressionar com a precisão cirúrgica do meu dispertador interno, ele é parte importante da minha pontualidade sistemática. Mesmo dormindo a 1 da manhã eu acordo as 7:27, sem mais sem menos. Ainda bem pois odeio o barulho do despertador e fico extremamente irritado quando ele me acorda.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

A Arte da Guerra

Corra desesperadamente e não olhe para trás. Quando se cansar, caia de joelhos e abaixe a cabeça já sabendo que sua derrota é inevitável.
A guerra humilha os fracos eternizando os fortes.
Você se viu desesperado desde o início. Não havia inteligência em suas táticas, sequer havia tática. Havia medo no lugar da força.
Não foi e nunca será difícil nossa vitória sob essa circuntância. A humilhação sempre será inevitável e você cairá de joelhos sempre.

Em outras palavras. Freguês bom é freguês FIEL.

Corinthians 0 x 3 Palmeiras

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Justificativas

(09:01:09) DeLarge fala para Neofascista: vc é discípulo do Capitão Nascimento?
(09:01:50) Neofascista fala para DeLarge: Admiro ele. Vc também é violento como o Alex (DeLarge)?
(09:02:32) DeLarge fala para Neofascista: digamos que eu compreendo o Alex

domingo, 19 de julho de 2009

Diversidade de A a Z

A.C.T
Banda sueca de rock progressivo, utilizando elementos "pop" sem se tornarem apenas comerciais.

AC/DC
Angus Young comanda essa banda australiana, sendo considerada uma das melhores bandas de hard rock da história. Os vocais de Bon Scott e Brian Johnson e o estilo elétrico de Angus tocar guitarra são as características marcantes da banda.

Aerosmith
Os americanos do Aerosmith, assim como quase todas as bandas de sua geração, iniciaram suas atividades nos anos 70 com um hard rock "farofa" de altíssima qualidade, já nos anos 90, a tendência dessas bandas foi a composição de baladas meramente comerciais voltadas para o público jovem, o qual estava cada vez estava mais distante.

Anathema
O Anathema faz parte da chamada Trindade Doom Metal Britânica, junto com o Paradise Lost e My Dying Bride. Com o passar do tempo as três bandas tomaram rumos diferentes, Paradise Lost se aproximou do Gothic Metal, uma forte tendência do início dessa década; My Dying Bride soa mais Industrial e o Anathema se aproximou (tomara que pra sempre) do rock progressivo, space rock e psicodelia, mas sem abrir mão de elementos doom metal na composição das letras e o "espírito depressivo".

Andromeda
Banda de progressive metal da Suécia. Um som altamente elaborado com fortes influências de Symphonic X e Dream Theater.

Anekdoten
Mais uma prog metal sueca com influências das grandes bandas do estilo.

Angra
Depois do Sepultura, Angra é a banda brasileira com maior visibilidade no exterior. Sendo os trabalhos com André Matos considerados verdadeiros clássicos do Power Metal.

Arch Enemy
Banda de thash/death metal que se difere por ter uma mulher no vocal. Angela Gossow se mostra extremamente competente ao mostrar o poder de sua voz e deixar muitos vocalistas no chinelo.

Ark
Os noruegueses do Ark mostram um trabalho extremamente competente ao unir o metal progressivo a um vocal hard rock 70's.

Asia
Um super grupo de rock progressivo com ex integrantes de grandes bandas como ELP, King Crimsom, Yes entre outras.

Audioslave
Com um rock cru e voltado para o pop, o Audioslave reuniu ex integrantes do Soundgarden e Rage Against Machine.

Avantasia
Talvez o maior projeto de power metal de todos os tempos. Uma reunião com os maiores nomes do estilo para compor 2 álbuns que se tornaram obrigatórios pra quem conhece metal melódico.

sábado, 18 de julho de 2009

Publicidade x Jornalismo 2

Ah, essa guerra.
O pessoal do Jornalismo, não sei por qual motivo desse mundo, resolveu tirar um sarro de quem trabalha em Publicidade:



Em resposta, os publicitários também fizeram um:



Mil desculpas jornalistas, mas usar sarcasmo contra publicidade é atirar no próprio pé.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Sessão Cult - Alex, Alex, já são 7 horas.

Laranja Mecânica.

Diferentemente da minha opinião sobre 2001: Uma Odisséia no Espaço, Laranja Mecânica eu posso dizer com gosto: PERFEITO.

Me lembro de ter visto o filme Clube da Luta pela primeira vez. Pelo menos da metade pra frente, se uma mosca pousasse em meus olhos eu não os fecharia de tão obcecado que estava com a história. Isso pelo menos da metade pra frente. Já em Laranja Mecânica, aconteceu do primeiro ao último segundo de filme.
Já de início, o olhar sádico e o sorriso maligno de Alex DeLarge com uma música amedrontadora de fundo já nos dá uma boa noção de sua personalidade ao longo do filme.

Não li nada sobre o que o filme tenta nos passar, portanto a interpretação é toda minha, estando errada ou não.

O filme foi lançado em 1971, mas a história é no futuro, portanto Alex pode ser considerado uma vítima da sociedade pós-moderna. Ele é o resultado da opressão vivenciada principalmente no Reino Unido. E onde há opressão, há pessoas lutando contra ela.
Suas atitudes ultraviolentas são o que os pensadores sociais imaginavam acontecer se aquela submissão cega às leis durasse muito. Alex agia por si e era feliz sendo ele mesmo, e isso incomodava o "sistema".

Após sua prisão, o tratamento de choque e a "cura", Alex se torna o que esse sistema quer que as pessoas sejam. Meras laranjas mecânicas, onde suas engrenagens são postas em movimento de acordo com a corda dada pelo poder.
Alex é a laranja qual todos deveriam ser, mas não por vontade própria, pois essa laranja é mecanizada, mas pelo castigo que o sistema o submete quando tenta agir por vontade própria.
A partir do momento em que ele não faz o que quer, ele se torna infeliz e o sofrimento o faz cometer suicídio pulando do prédio, infelizmente mal sucedido.

O tratamento dos ferimentos de Alex passa a ser o tratamento para sua cura real. Ele acorda depois de muito tempo e como um passe de mágica, em um teste feito pela psiquiatra, ele se vê curado de verdade. Alex finalmente é Alex. O que ele não deveria nunca deixar de ter sido.


ATUALIZAÇÃO 5 MINUTOS DEPOIS DE POSTAR:

Achei uma boa interpretação do filme:

http://www.ipv.pt/forumedia/5/21.htm

A pasmem, não tem nada a ver com o que eu falei. E pasmem quem pensa que fico triste com isso. Eu adorei!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sessão Cult - Assim Dizia Zaratrusta

2001: Uma Odisséia no Espaço.

2001 tem quatro dos ingredientes primordiais para eu qualificar como "perfeito" um filme. Mas não foi desta vez.

- Espaço. Todo e qualquer filme que envolva viagens espaciais rumo ao desconhecido, naves ultramodernas que provavelmente nunca serão construídas de verdade e falta de gravidade já me anima bastante.

-Ficção científica. Fugir da realidade as vezes não faz mal a ninguém.

- Inovação. Não é só mais um filme inovador de Stanley Kubrick, é um filme pioneiro nos efeitos especiais e em alguns temas abordados. Tais como a chegada do homem na lua 1 ano antes de Armstrong e a forma peculiar de se mostrar a evolução da humanidade.

- Efeitos Sonoros. Essa não tem como discutir. Qualquer um conhece a música tema do filme. Assim Dizia Zaratrusta.

O melhor personagem, de longe, é HAL 9000. Um supercomputador que comanda a nave Discovery para a viagem para Júpter. Me assusta a frieza de sua voz e seus atos. Eis mais um tema inédito abordado no filme. A inteligência artificial e o quão ela pode ser prejudicial ao ser humano ao longo de sua evolução.

Mas então, por quê não foi dessa vez?
Ok, é um clássico, inovador. MAS EU NÃO GOSTEI! E pouco me importa se os estudiosos de cinema ou admiradores dizem ser uma obra-prima.

O filme é extremamente cansativo de se assistir. E olha que eu extremamente paciente. Mesmo ouvindo Strauss e Ligeti, eu olhei no relógio várias vezes pra ver quanto tempo dura o pouso das naves. Mas tudo bem, pelo que pude perceber, essa demora acontece nas cenas onde os efeitos especiais eram inéditos para a época. (Pouso de naves, astronautas a deriva no espaço), pra época deveria ser bastante interessante se deleitar a cada segundo disso.

O final teve uma fantástica intenção, mas soltei um #@¨%! quando realmente terminou.

terça-feira, 14 de julho de 2009

É cada uma...

Hoje, em mais uma busca frenética ao conhecimento empírico, estava procurando por um totorial sobre como converter um arquivo MDB (Banco de dados Acess) em MySQL (Banco de dados que se comunica melhor com a linguagem php) e eis que me surge isso:



Isso que eu chamo de aberração da propaganda moderna.
Tudo automático, tudo num piscar de olhos, tudo muito burro.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Filmes a assistir 2

Acabei de ver Laranja Mecânica.

As palavras não se encaixam nesse momento.

E se tivesse sido diferente?

"Algo tão pequeno como um bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo".

Não, não foi falar sobre a teoria do caos, mas algo sobre a personalidade que você carrega pro resto da vida de acordo com sua infância.
É extremamente intrigante pra mim, pensar como eu seria se minha infância tivesse sido diferente.
Pensei em muitos "e se...", mas um me fez pensar um pouco mais:

E se eu fosse rico?

Não posso, de forma alguma, dizer que eu que passei por necessidades em casa, longe disso. Mas eu nunca fui uma criança que sempre teve o que quis. Talvez duas coisas me seriam brutalmente arrancadas se eu tivesse tudo o que queria. A curiosidade e a criatividade.

Se eu tivesse um carrinho de controle remoto, eu certamente não teria interesse algum em desmontar um aparelho de som da minha tia só pra ver o que tinha dentro. Se eu tivesse um vídeo game de última geração, provavelmente eu não teria tempo pra pegar as peças do som e montar uma fechadura eletrônica na porta do meu quarto. Se eu tivesse um vídeo-cassete com todas as fitas dos filmes da Disney, eu não acharia a mínima graça em desenhar e sonhar com meus próprios heróis.

Isso se parece muito com a "ligação dos pontos" do famoso discurso do Steve Jobs em Stanford, alguma coisa de ruim, ou simplesmente algo que você não quer que aconteça, no futuro lhe será fundamental para o sucesso.

Por fim, acredito piamente que eu não ter um vídeo game, um carrinho de controle remoto e um vídeo cassete me foi fundamental para ser o que sou hoje, e assim, para eu ter tanta certeza que estou no caminho certo.

ps. Se eu acho que video game, carrinho de controle e vídeo cassete me tiraria a criatividade e a curiosidade, imagine o que penso sobre essa geração que não faz nada além de ficar na frente do computador.

domingo, 12 de julho de 2009

Sobre o quizz.

Vamos as respostas.

1 - Resposta óbvia. A cada 3 camisas minhas, 2 são pretas.

2 - O carro. PT Cruiser. Sinto calafrios por ele, a união do clássico e moderno em um automóvel. Eu gosto muito de Ferrari também, mas essa eu não tenho tantas esperanças de ter algum dia.

3 - Primeira banda. Led Zeppelin, aos 8 ou 9 anos.

4 - Ah nem viu, será que alguém sabia isso?

5 - Cerveja. Brahma, sempre.

6 - Escritora. A romancista policial, mestre do crime, Agatha Christie.

7 - Apaixonado por cérebro. Não que eu não admira as outras, mas o que me fisga mesmo é personalidade e inteligência.

8 - Filme. Forrest Gump, o contador de histórias. Esse é insuperável.

9 - Marca. Não que eu tenha muita coisa, mas eu gosto muito de Lacoste.

10 - Civilização. Astecas claro, a civilização mais inteligente que esse mundo ja viu. Se Cortez não fosse tão estúpido, hoje compraríamos computadores de Tenochtlán, e não do Japão ou China.

11 - Personagem. Caçadora. Sem poderes, inteligente, forte. Até parece algum que conheço...

12 - Primeiro porre. 8 anos (eu sempre achei que era 6, mas fiz as contas, é 8 mesmo) em um reveillon e Irumbiara.

13 - 1 perfil no Orkut.

14 - Não tem como eu escolher entre escrever e criar. São duas paixões imensuáveis.

15 - São Paulo. Quero viver o dia-a-dia daquela loucura.

16 - Senha. A...X. Muita gente até sabe que palavra é essa.

17 - Sevete. Maracujá. Só ele vem com aquelas sementinhas que eu adoro tacar nos outros.

18 - Pit Bull. Ciça. A pit bull mais lerda, forte, songa-monga e rápida do mundo.

19 - Som. Antigo. Receivers, amplificadores modulados, equalizadores.

20 - 2 moedas de 1 real no nariz. E ainda cabe uma de 1 centavo =)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Quizz!

Responda o quizz sobre mim pra ver se você me conhece mesmo.
(achei bacana essa ferramenta que vi por aí...)






Dessa vez não.

Sim, resolvi pegar no pé de grandes marcas e indústrias agora. Já critiquei bastante o slogan de campanha da Visa, agora vou me meter em outra área.

Alguém me explica isso:


Até entendo que a CG 150 Titan da Honda vem mudando todo ano, mas essa carenagem no farol do modelo 2009 é a coisa mais ridícula que já fizeram.

Filmes a assistir.

Já que agora na minha casa tem uma internet digna de se classificar como rápida, pretendo, nessas férias, baixar alguns filmes que há muito tempo quero ver.

Scarface
Laranja Mecânica
O Poderoso Chefão (Esse se eu achar pra alugar vai ser bem melhor)
Ben Hur
Alguns filmes do Glauber Rocha do Cinema Novo Brasileiro

por enquanto é só

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Pra onde?



-Perfeito. criamos um slogan simples, marcante e direto. "Go"
Não não...perdão, é assim:
-Perfect. We created a simple slogan marked and direct. "Go"

Qual a diferença? O idioma. A final quem criou "Go" pra Visa sequer teve ânimo pra traduzir pra nós.

Não sei onde a Visa estava com a cabeça de usar esse slogan no Brasil. Ok, é um slogan de campanha dos EUA, mas e daí? Desde quando o Brasil fala em inglês?
Não sei se é preguiça de criar, descaso, despreparo, mas simplesmente pegar um slogan de campanha americano e tentar enfiar guela a baixo nos brasileiros é algo inexplicavelmente imbecil.

Há motivos pra se usar um termo em inglês? Pois motivos pra não usar eu sei muitos:
Além de nem todo mundo sabe o que significa Go, quem sabe fica pensando:
"Go, go, go". Pra onde diabos a Visa quer que eu vá?

Creio que "Go" em países de língua inglesa soe diferente do saudoso "Vá".

Vá comprar, vá gastar seu dinheiro, vá estourar seu orçamento, vá pagar taxas estratoféricas, vá vá vá pro inferno com um slogan tão ruim como esse.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Notas, agh!

Geralmente estudantes da área de humanas vêem com outros olhos suas notas escolares. Não que a gente pensa que somos mais do que uma avaliação numérica, dada por outro ser humano, que, obviamente tem mais conhecimento que nós, mas é perfeitamente capaz de se equivocar. Na verdade pensamos assim sim, pelo menos eu.



Tá, eu não fui tão mal assim. Mas se tivesse, eu não iria enfiar a cara no travesseiro chorando.

Ps. No trabalho abaixo (Cotas) eu tirei nota máxima. Eeeeeeee

Só pra constar.

Eu odeio amarelo, odeio fígado, odeio o novo Celta, odeio Excel, odeio Internet Explorer, odeio o São Paulo, odeio gerúndio, odeio a imperfeição, odeio Windows Media Player, Odeio Michael Angelo Batio, odeio Times New Roman, odeio sotaque carioca, odeio layout muito redondo, odeio propaganda de varejo, odeio assovios, odeio Campari, odeio roupas Ecko, odeio Linkin Park, odeio Truco, odeio a Globo, odeio sol na cara, odeio assimetria, odeio burocracia, odeio antipatia, odeio a Claro, odeio Allstar limpo.

Pronto, já sabem o que me dar de natal.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Falando por falar.

Já reparou nos animais com certas peculiaridades que existem no mundo?
O camaleão, que muda de cor de acordo com o ambiente em que se encontra, o gato que sempre cai de pé; a barata que se cortada sua cabeça, morrerá de fome; o ornitorrinco, que é mamífero mas não possui glândulas mamárias (solta leite pelo pêlo), bota ovo, da choque, excreta azul.
Mas e você? Você é o animal mais estranho do universo. Sua espécie vive tanto no frio extremo quando no calor escaldante, fica azul no frio, vermelho no calor, roxo quando morre, vermelho de vergonha, amarelo quando está doente, branco de medo.
É carnívoro, herbívoro, vegetariano, ovíparo, canibal. Come coisas que fazem mal, usa substâncias que só levam a prórpia destruição.
Vocês se destroem, se mutilam, se odeiam por pensarem diferente, por parecerem diferente, por viverem diferente.
Ri, chora, sente raiva, se desespera, ama, odeia, despresa...
Se você pensa que o ornitorrinco é um animal estranho, imagina o que ele pensa de você.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

A genialidade eterna.

Paul McCartney, Ringo Starr, Jorge Harrison e John Lennon. Se o rock pudesse dizer uma só frase na vida, ele diria: "Obrigado, Beatles"



Dear Prudence tem a base mais perfeita que já ouvi na vida. E o mais incrível é que ela possui apenas 4 notas.
Beatles pra mim vai além da beatlemania, muito além das fãs fervorosas que choravam por eles, muito além dos milhões e milhões de álbuns vendidos, eles representam a revolução do rock e a simplicidade genial.

domingo, 5 de julho de 2009

Defender seu ideal. Sempre?

O trabalho final de Redação Publicitária deixou todos de cabelo em pé. Não só pela dificuldade de criação, mas pela dificuldade que temos de abdicarmos de nossos ideiais em prol do profissionalismo.

Nos foi passada a tarefa de criar 3 peças publicitárias. Uma alltype para jornal, um cartaz e uma página para revista com o tema: Cotas nas universidades.
Bom, fácil, muito fácil. A final quem tem o mínimo de discernimento tem uma pitada de opinião formada pra esse assunto. Mas se for sorteado se você vai defender ou ir contra?

Eu sou totalmente contra esse sistema de cotas. Basicamente defendo a idéia de que não devemos reformar o teto sem ter feito um alicerce de qualidade, pois, uma hora ou outra ele desaba em cima da cabeça de quem mora dentro, e quem reformou pouco se importa. Ou seja, não adianta querermos inserir pessoas a força em uma faculdade pela sua cor, devemos dar é um ensino de qualidade para que ela passe a concorrer de igual pra igual com todos.

Pronto, estava pronto nosso trabalho. Mas, fomos sorteados para DEFENDER as cotas. No começo eu achei péssimo, mas depois parei pra pensar mais e comecei a adorar a ideia. Eu ia ter de pensar algo contra meu próprio ideal. Eu mesmo me confrontaria, e isso eu achei sensacional.

Arguementos pra combater minha idéia básica sobre cotas eu não tenho, por isso achei melhor nem tocar no assunto. Parti pra outro lado, o lado romântico das cotas.

O tema central do trabalho era a injustiça que havia nas oportunidades de ingresso a faculdade para com as raças negra e indígena. E isso acontecia devido a um erro histórico onde as mesmas foram massacradas socialmente pelos nossos colonizadores.

Anúncio Alltype para jornal


Design: Rafael
Texto: Rafael e Alex

Como não pude usar imagens, demos uma "viajada" nas cores do anúncio. Em cima é evidente a separação do branco e do preto. Simboliza uma sociedade onde não há mistura entre raças e etnias. Já em baixo, o cinza representa a miscigenação do branco e preto, e a palavra UNE em vermelho representa também os indígenas.
Leitores de jornais geralmente gostam de números, dados, tabelas. Não que revistas também não gostem, mas o perfil de notícias de jornal são mais cotidianas. Por isso inserimos uma tabela que mostra a evolução do número de negros e indígenas ingressados nas faculdades.

Anúncio para revista (página dupla central)


Design: Rafael
Texto: Felipe

Para a revista, utilizamos um texto mais bem trabalhado. Utilizamos fatos históricos que mostram a injustiça (tema central do trabalho) para com as raças que mais sofrem com o ingresso a faculdade. Um formato de texto qual os leitores de revistas estão habituados. (quem disse que estudar Jornalismo junto com Publicidade não é bom?).
A imagem nos dá a noção de como a sociedade é desunida. As etinias (bolinhas coloridas) estão absolutamente separadas por suas cores e excluem impiedosamente a mais frágil. (no caso, a bolinha em menor número).

Anúncio para cartaz


Design: Rafael
Texto: Alex

Sem muitas palavras, afinal cartaz geralmente se lê em pé, e não há muita paciência para se ler em uma hora dessas. Um título impactante que desperta curiosidade e uma imagem que mostra a união que deve existir entre as raças.

Valeu a pena, gostei muito do resultado final. Não só pelas peças, mas pela capacidade que tivemos de ir contra o nossos ideiais e pela conciência que criei de que isso acontecerá muitas vezes.
Foi simples, simplesmente me imaginei trabalhando como publicitário no governo federal. Eles não querem saber se eu sou contra ou a favor, eles querem que eu defenda com unhas e dentes. A final eu seria pago (e muito bem) para isso.