segunda-feira, 13 de julho de 2009

E se tivesse sido diferente?

"Algo tão pequeno como um bater de asas de uma borboleta pode causar um tufão do outro lado do mundo".

Não, não foi falar sobre a teoria do caos, mas algo sobre a personalidade que você carrega pro resto da vida de acordo com sua infância.
É extremamente intrigante pra mim, pensar como eu seria se minha infância tivesse sido diferente.
Pensei em muitos "e se...", mas um me fez pensar um pouco mais:

E se eu fosse rico?

Não posso, de forma alguma, dizer que eu que passei por necessidades em casa, longe disso. Mas eu nunca fui uma criança que sempre teve o que quis. Talvez duas coisas me seriam brutalmente arrancadas se eu tivesse tudo o que queria. A curiosidade e a criatividade.

Se eu tivesse um carrinho de controle remoto, eu certamente não teria interesse algum em desmontar um aparelho de som da minha tia só pra ver o que tinha dentro. Se eu tivesse um vídeo game de última geração, provavelmente eu não teria tempo pra pegar as peças do som e montar uma fechadura eletrônica na porta do meu quarto. Se eu tivesse um vídeo-cassete com todas as fitas dos filmes da Disney, eu não acharia a mínima graça em desenhar e sonhar com meus próprios heróis.

Isso se parece muito com a "ligação dos pontos" do famoso discurso do Steve Jobs em Stanford, alguma coisa de ruim, ou simplesmente algo que você não quer que aconteça, no futuro lhe será fundamental para o sucesso.

Por fim, acredito piamente que eu não ter um vídeo game, um carrinho de controle remoto e um vídeo cassete me foi fundamental para ser o que sou hoje, e assim, para eu ter tanta certeza que estou no caminho certo.

ps. Se eu acho que video game, carrinho de controle e vídeo cassete me tiraria a criatividade e a curiosidade, imagine o que penso sobre essa geração que não faz nada além de ficar na frente do computador.

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