terça-feira, 22 de maio de 2012

House – Eu órfão novamente.




A primeira e última vez que uma série me deixou órfão nesse planeta de esporádicos lapsos de entretenimento de qualidade foi com Lost. Mesmo não sendo tão fã assim a ponto de não dormir para ver um novo episódio, House me fará falta também.

Pra quem conhece a série, descrever o personagem principal é tão difícil quanto desnecessário. Pra quem não conhece Dr. House, é um antipático, arrogante, viciado... (poderia ficar o dia todo dizendo seus defeitos) mas mais do que tudo, um gênio da medicina que jamais abre mão de seus ideais e que constantemente infringe leis para que os mesmos sejam resguardados. Comparável a sua capacidade intelectual e de observar detalhes é sua força de vontade em obter respostas lógicas para tudo. Nesse caso, descobrir diagnósticos para doenças em que só ele poderia ser capaz de fazer.

Instruir seus subordinados a fazer tudo que for possível (tudo mesmo, incluindo invasão de casas) para salvar a vida de seus pacientes nos faz pensar que Dr. House é um altruísta que vive por salvar vidas. Ao mesmo tempo em que procurar respostas para solucionar a doença  que matou uma criança 2 anos atrás a ponto de exumar seu corpo para obter provas, nos leva a crer que o médico é apenas que um investigador com fome de respostas, nada mais.

O que ele é a final? Nenhuma nem outra. House é uma série que mostra que a realidade de maniqueísta não tem nada. Ninguém é bom, ninguém é mau. Um personagem extremamente anti-social por vezes recorre aos companheiros de trabalho para uma noitada de bebidas; um médico dotado de valores mata um paciente ditador genocida; alguém que nunca mente um dia aprende fazer. Isso é a realidade.
Tudo na série, assim como no mundo, é uma constante busca sobre quem somos, o que queremos ser e o quão longe vamos para termos o que queremos. A pergunta que paira no no final de cada episódio é: Existe limite para conquistar meus objetivos?

House é uma série memorável com um personagem brilhante. Vai deixar saudades.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Dizem que sou louco...

Pode não ser a propaganda mais criativa de todas, a mais engraçada ou a mais impactante. A cerveja não tem o mesmo glamour internacional que outras de renome. O futebol também não é nenhuma Liga dos Campeões. Mas quem liga?

Dizem que o Brasil passa por uma crise de criatividade nas propagandas televisivas, mas o que penso é que estamos deixando de fazer peças para ganhar prêmios para vender mais, o que importa realmente para o cliente. E é o que realmente importou tanto para a África, idealizadora deste comercial e para a Brahma.

Eu, como torcedor e apreciador de cerveja (na maioria das vezes simultaneamente) me vejo na pele de cada um desses torcedores idiotas do comercial. Mesmo sendo estudante de Publicidade caí feito um patinho no conceito da peça a ponto de me sentir orgulhoso de tomar uma Brahma enquanto assisto meu time jogar (mesmo ultimamente não me dando muito orgulho). Gosto tanto dela que meus amigos até repararam que sempre canto junto. "Dizem que sou louco...". É emocionante.
 

Atualização 10/05/2012

Não acredito que deixei de mencionar sobre a música de fundo, que toma ares de oração pelo narrador e canto de torcida ao mesmo tempo. A linda Balada de Louco do mais genuíno rock brazuca possível, Os Mutantes.
Valeu Richard!