A primeira e última vez que uma série me deixou órfão nesse
planeta de esporádicos lapsos de entretenimento de qualidade foi com Lost.
Mesmo não sendo tão fã assim a ponto de não dormir para ver um novo episódio,
House me fará falta também.
Pra quem conhece a série, descrever o personagem principal é
tão difícil quanto desnecessário. Pra quem não conhece Dr. House, é um
antipático, arrogante, viciado... (poderia ficar o dia todo dizendo seus
defeitos) mas mais do que tudo, um gênio da medicina que jamais abre mão de
seus ideais e que constantemente infringe leis para que os mesmos sejam
resguardados. Comparável a sua capacidade intelectual e de observar detalhes é
sua força de vontade em obter respostas lógicas para tudo. Nesse caso,
descobrir diagnósticos para doenças em que só ele poderia ser capaz de fazer.
Instruir seus subordinados a fazer tudo que for possível
(tudo mesmo, incluindo invasão de casas) para salvar a vida de seus pacientes
nos faz pensar que Dr. House é um altruísta que vive por salvar vidas. Ao mesmo
tempo em que procurar respostas para solucionar a doença que matou uma criança 2 anos atrás a ponto de
exumar seu corpo para obter provas, nos leva a crer que o médico é apenas que
um investigador com fome de respostas, nada mais.
O que ele é a final? Nenhuma nem outra. House é uma série
que mostra que a realidade de maniqueísta não tem nada. Ninguém é bom, ninguém
é mau. Um personagem extremamente anti-social por vezes recorre aos
companheiros de trabalho para uma noitada de bebidas; um médico dotado de
valores mata um paciente ditador genocida; alguém que nunca mente um dia aprende
fazer. Isso é a realidade.
Tudo na série, assim como no mundo, é uma constante busca
sobre quem somos, o que queremos ser e o quão longe vamos para termos o que
queremos. A pergunta que paira no no final de cada episódio é: Existe limite
para conquistar meus objetivos?
House é uma série memorável com um personagem brilhante. Vai
deixar saudades.
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