segunda-feira, 5 de junho de 2017

Netflix, sua linda. Mas nem tanto.

A Netflix é uma empresa jovem, descolada e sabe usar muito bem o a Brand Persona. Constantemente as respostas a comentários nas suas redes sociais são assunto de blogs ou páginas como Catraca Livre e Quebrando o Tabu pela sua atuação junto à luta contra o machismo, LGBTfobia, racismo e afins. Problema nisso? De forma alguma. Vale muito uma empresa minimamente engajada a boas causas àquelas estáticas ou que até prestam desserviços a ela.

Mas quando digo minimamente é minimamente, mesmo. Talvez aquela camada externa microscópica do ovo cozido comparado à gema, onde acontece a verdadeira luta contra o problema.

Esse assunto pipocou por toda internet, desde quando a empresa de streaming anunciou o cancelamento de uma série que, de fato, seria um belo trabalho à causa citada no início. A inesperada ruptura de Sense8 deixou os fãs revoltados, choramingando pra todo lado e criando petições pela volta da série. E até dá pra entender toda essa revolta. Imagina só cancelar, por exemplo, Breaking Bad no fim da segunda temporada.

O que não dá mais é achar que a Netflix é uma empresa “boazinha”, que se preocupa com alguma fobia somente porque hora ou outra lacra com respostas bacanas ou posts engajados.

É a coisa mais básica do capitalismo: A Netflix é uma empresa e precisa de dinheiro. Se seu produto precisou de um imenso investimento, como a série precisou, e não obtive o retorno desejado, sinto muito. É pau, pedra e fim do caminho. No capitalismo, sem lucro não existe luta pela causa.


A partir de agora, seu  ver alguém com essa de “Netflix sua linda, pisa menos”, vou comentar “Querida, para que tá feio".