segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Twitter e sua geraçãozinha pop.

Sim, "geraçãozinha", no diminutivo, no teor máximo do pejorativo.
O que um estudante de Comunicação Social deve fazer diante de um imenso meio de interação de massa? E se essa rede social misturar ícones com subalternos, heróis com vassalos, gigantes com vermes, intelectuais com portas? O que fazer mediante a essa imensidão de pessoas se comunicando de forma nunca vista antes.
Eis o Twitter, o queridinho dos artistas, apresentadores e humoristas se interagindo com seus fãs, esses com seus amigos e, esses, com o infinito.
Eu tenho um perfil no twitter (@rafeww), devo ter passado alguns meses acessando todo dia. Foi então que, um certo dia, a ficha caiu e vi como isso tudo é idiota.

O meu abrir de olhos foi o seguinte:
Passei a seguir uma certa pessoa desconhecida (além de tudo, não dá pra conhecer as pessoas direito por lá) e reparei nas suas mensagens. O Twitter era como um diário pra ela. Se sua mãe derrubava uma panela no chão, ela twitava, seu seu cachorro comia 1 grão a menos de ração, ela twitava. Se pousasse uma mosca no teclado dela, ela tirava foto e postava no twitpix. Foi até que, um certo dia, ela pediu desculpas a todos, por ela não ter twitado na tarde de domingo, pois havia perdido seu celular no shopping.
Pedir desculpas? Oras, ela ter deixado de twitar por 1 tarde prejudicou a vida de alguém? O que a faz pensar que o que diz é importante pra outra pessoa? Importante... duvido que seja ao menos interessante. É difícil imaginar alguém interessado na vida de um adolescente que não faz nada além de descrever seu cotidiano pífio.
Foi a gota d'água. A partir daí percebi o quão imbecil é isso tudo e queria me ver longe disso o mais rápido possível.

Twitter é o que é hoje porque as celebridades dessa geraçãozinha pop medíocre atual abraçou a causa com toda as forças. É legal ser antenado, é charmoso, dá status ter 140 caracteres de conteúdo.
Assim, o efeito cascata acabou sendo gigantesco. Grandes corporações, grandes sites, grandes mentes, grandes talentos.
O mundo aderiu. E eu, corri.

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