domingo, 4 de setembro de 2011

Década de 90 nada, 2011 com muito orgulho.


Havia rumores, especulações e muito comentário sobre que rumos o Dream Theater tomaria após a saída do não só gênio da bateria, mas o líder da banda, Mike Portnoy. Continuariam com a sonoridade dos não tão bem aceitos 2 últimos álbuns ou se voltariam à sua gloriosa década de 90, em que foram lançados os clássicos Images and Words e Scenes From a Memory?

A Road Crew, revista especializada em rock/metal, não se sabe porque, acreditou que a banda estaria de volta à década de 90. Eu, não muito otimista, fiquei na minha e após ouvir o novo álbum A Dramatic Turn of Events posso dizer: Não voltaram. Ainda bem!
Não se sabe ao certo se as amarras criativas de Systematic Chaos e Black Clouds & Silver Linings eram impostas por Mike Portnoy, mas o próprio viu que suas composições já não seguiam o mesmo nível de álbuns anteriores, chegando a sugerir aos membros da banda um hiato para, quem sabe, botar a cabeça no lugar e voltar ao ser o que era antes. O resto da história todos sabem. Os outros membros não aceitaram, Portnoy saiu da banda, quis voltar, não foi aceito e a vida continua. E como continua.

Confesso não estar muito animado com o que viria, mas estava muito curioso. E que grata surpresa ao ouvir A Dramatic Turn of Events faixa a faixa. Jordan Rudess e John Petrucci travando duelos de teclado (as vezes exagerados, como sempre), John Myung compondo novamente e o vocal de James Labrie com um timbre excelente.
O que mais me chamou a atenção e,de certa forma, me emocionou foi como o A Dramatic Turn of Eventis começa e termina. On The Backs Of Angels abre dignamente o álbum com uma introdução que poucas vezes vi com o Dream Theater e finaliza com Breaking All Illusions (de composição de John Myung) e a magnífica Beneath The Surface. Essa última tendo como único defeito ter apenas 6 minutos. O ponto fraco do disco fica pra, variar, a mais comercial delas. Build Me Up, Break Me Down é descartável e não merecia estar ali.

Quando não se espera muito de algo, qualquer coisa já seria suficiente. Mas não, A Dramatic Turn of Events não é qualquer coisa. É um álbum de muito respeito. Não comparo com os grandes clássicos da banda pois cada caso é um caso, mas que o Dream Theater voltou ao topo do metal progressivo, voltou.

Um comentário:

biscoitagem disse...

Ainda nem ouvi. Todo mundo está falando do CD, espero que eu goste também.