quinta-feira, 14 de março de 2013

Toy Story 3 - Prepare-se para catarse.


O primeiro Toy Story foi lançado em 1995, mas não me recordo se foi nesse ano em que o assisti, uma vez que nesse tempo as informações e conteúdos não chegavam até nós na mesma velocidade que hoje. Mas foi próximo. Eu devia ter por volta de 7 ou 8 anos, mesma idade que Andy, personagem humano e dono dos brinquedos que estrelam o filme. Se você também tinha essa idade no primeiro filme, gostou e não assistiu o terceiro, assista já! É obrigatório. Saiba por quê...


Toy Story foi um sucesso absoluto. A Pixar havia feito um filme em animação totalmente em 3D, algo inédito até então. Mas só? Óbvio que não. A história envolvendo brinquedos e crianças era fascinante e atingiu em cheio não só o público infantil, mas também o adulto (lembro da minha família assistindo e se divertindo muito).  Toy Story 2 pegou carona 4 anos depois e também teve sua relevância, mas foi no 3, de 2010 que nós, ex crianças que sentem falta daquela época, nos derretemos.

Como anunciado, a terceira parte da aventura de Woody e Buzz Lightyear seria a mais sombria e melancólica de todas. De fato. Claro que conta com cenas divertidas, (engraçadas de verdade, que dão banho nessas comédias idiotas que vemos hoje em dia) mas o que fica na memória é a aquela pontada no coração ao ver cenas que não vimos nos dois primeiros. Histórias de brinquedos abandonados pelo dono, desencontros e lágrimas deixam fazem o filme soar como triste e maravilhoso.

Mas a genialidade fica por conta do envolvimento que o filme tem com nós que amamos o primeiro Toy Story e nos identificamos com o garoto. No terceiro, ele já é crescido, está prestes a entrar na faculdade e deve se desfazer dos seus brinquedos. Uma transição repentina entre a criança e o adulto, que, de tão repentina, o faz questionar se quer ou não se desfazer de seus brinquedos que são como seus amigos. Mais uma vez me coloquei na vida do garoto. Então o mais mágico em se tratando de arte aconteceu, a catarse. Foi hora do turbilhão de lembranças da infância, dos brinquedos e de como era fabulosa essa fase da vida que o garoto está prestes a deixar pra traz. Se você viu e sentiu o mesmo, não se envergonhe, foi de propósito. É sinal que sente falta de uma infância tão boa que deixou saudade. Você, assim como eu, se identificou como tudo começou e como terminou.

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