sexta-feira, 19 de março de 2010

Deixe Platão em paz.

Pobre Platão, é obrigado a ouvir seu nome toda vez que alguém não vê seu amor correspondido. “Meu amor platônico. Blá blá blá”.
Choradeira e pieguice de lado, o que nem todos sabem é que “Amor Platônico” não é simplesmente um “amor impossível”. Deixe o filósofo grego de lado quando levar seu quinto (sexto, sétimo...) fora seguido daquela garota que conheceu no carnaval.

Pra piorar, não foi Platão quem inventou esse termo. Ele é baseado no Amor Ideal, em que o próprio filósofo concebe o amor como algo puro e desprovido de interesses carnais e/ou sexuais. Tendo como objeto de visão apenas as virtudes das pessoas.
Ao contrário de seu mestre Sócrates, Platão era um filósofo idealista. Pra ele o que importava era o que as pessoas idealizavam e que o mundo material era imperfeito. Sendo assim, o Amor Platônico são todas e quaisquer relações afetuosas que não se encontram no campo material. Um amor perfeito que essencialmente está no ideal do indivíduo e que não existe no mundo social.

Assim, unindo o amor perfeito e o ideal de Platão, filósofos e pensadores neo-platonistas criaram o Amor Platônico. Tão distorcido ao longo dos tempos por aqueles que andam pensando com o coração e pouco se importando em saber o que falam ou pensam.

Um comentário:

Dann disse...

Tendi nada =~~~
desenha pra mim