sexta-feira, 25 de março de 2011

Radiohead - O 4 ou 40 de King of Limbs


Não sou muito de fazer resenhas sobre um disco em si. Seja qual banda for. Vários motivos me leva isso mas o principal é que algumas de minhas bandas favoritas não lançam álbuns há anos, ou décadas e as que lançam não estão me agradando tanto. (Não é, Dream Theater?).

Ah sim, Radiohead está entre minhas favoritas há certo tempo. Não sei explicar o porquê de um amante de Rock/Metal Progressivo Sueco gostar de um rock alternativo altamente eletrônico como Radiohead, mas algo me manda buscar novas fórmulas de se fazer e perceber música, então eu simplesmente gosto. Sem preconceito algum.

Comecei ouvindo Radiohead do fim ao começo. Eu caí na sua jogada de Marketing de pagar quanto quisesse no seu álbum virtual In Rainbows. Saquei meu cartão de crédito e paguei a incrível fortuna de 4 dólares. Era oficialmente a primeira vez que comprava música em pela internet. Gostei e muito do disco e da sonoridade da banda. Era uma jornada por um caminho desconhecido da música pra mim, passando pelos grandes sucessos de Kid A, Ok Computer até acabar no xoxo Pablo Honey de 1993. Incrivelmente, Creep, a música mais difundida da banda, foi uma das últimas que conheci.

E de 93 pulo pra 2011. Desde que ouvi o nome King of Limbs pela primeira vez me veio à cabeça de que algo estava por vir. Aquela banda com um espírito inquieto digno de grandes gênios da música mostraria novamente seu valor. Meu erro foi afirmar isso, invés de me perguntar.

O disco não chega a ser tão ruim e mal feito quanto Pablo Honey, mas fica longe de um bom como In Rainbows e querer comparar com Ok Computer é covardia. O fato é algumas músicas boas não salvam o disco. Como a single Lotus Flower, que tem mais destaque por vir com um clipe de divulgação e ter uma sonoridade mais comercial. Passando por Codex, com um piano carregado uma atmosfera ímpar arrepiante em que vemos a tão famosa melancolia de Thom Yorke nos vocais e fechando com Separator, que fecha dignamente o disco.

Acredito que assim como os fãs mais ligados na banda, eu esperava mais do Radiohead. Muito mais. Não se pode jogar a culpa de não ter tempo de fazer algo grandioso, pois desde 2007 não lançavam um álbum, talvez seja um lapso de criatividade dessa banda que chegou a um patamar criativo tão alto em The Bends e Ok Computer que, ao vermos um álbum mediano como King of Limbs chega ser decepcionante. Mais sorte na próxima.

3 comentários:

Entulho Cósmico disse...

Pra mim não foi decepcionante.

Pelo contrário, é um lindo disco. Mas penso que o fio condutor desse disco são suas letras. É um disco curto, ecos de jazz/krautrock/dubstep/folks. O radiohead tem a virtude de fazer um som profundamente autoral e não soar com ninguem e disco nenhum.

Vc encontrar elementos de vários discos em TKOL mas ainda assim ele nao parece com nenhuma banda banda.

A super exposição (e vc foi fruto dela) do ultimo disco (in rainbows) deve ter abalado as estruturas do Thom. Historicamente uma super exposição não faz bem com eles (so pesquisar sobre o colapso pos-ok computer).

A verdade, é que é um disco contido, pensado pra afastar fã de ocasão e delimitar o espaço da banda.

Como disco, não vejo/ouço nada nele que o desmereça em relação aos outro disco

Bloom é uma das melhores aberturas da discografia. A sequencia Codex/GiveUpTheGhost/separator é uma das mais lindas do disco da banda.

é um disco sensível, fechado,onirico, um sonho bom vivido em poucos mais de 37 min...

Lalee disse...

Sou fã das antigas, tanto que meu disco favorito é Amnesiac. The King Of Limbs é melhor que In Rainbows, que já era melhor que OK Computer. Sem mais.

Richard disse...

Os comentários acima parecem que estão querendo induzir que Radiohead quer seguir o caminho dos Los Hermanos.

"A verdade, é que é um disco contido, pensado pra afastar fã de ocasão e delimitar o espaço da banda..."


Discordo, achei realmente que esse álbum não foi tão surpreendente assim. Não é ruim, mas talvez nossa expectativa tenha sido maior que a percepção, apenas isso.