segunda-feira, 18 de abril de 2011

Nada tão relevante.

Onde e quando não interessa, apenas era lembrado que ele a amava, porém o sentimento não era recíproco. Confusões de sua mente provocadas por efeitos também não respondidos por volta a troca com outras pessoas e o sentido de tudo se esvai.
Tudo gira em torno de um filho, que as vezes era uma linda menina, outra um garoto sorridente, nunca com mais de 3 anos e menos de 1. Ninguém sabe ao certo como isso acontecia e muito menos se tem idéia de quem eram aquelas duas pessoas que enganavam a eventual mãe da eventual criança.

Quando a criança sumiu, se perdeu completamente a esperança de ser feliz, seja qual pai for. Porém, um alívio no coração era sentido quando se ouvia uma risada infantil de felicidade atrás da janela. “-Ela está viva, ela está viva”. Ele sabia que era ilusão, que aquelas pessoas maldosas pregavam peças nos pais explorando aquele sentimento de amor pelo filho que sequer cabia no coração. “-Não vá, são eles de novo”. Ele sabia que não podia fazer nada, os dois ameaçavam de morte a criança se ele ousasse chegar mais perto ou tentar algo.
Nesse meio tempo, sonhos paralelos iam e vinham como trens em uma estação. Não se tem certeza do que era, quanto tempo durava e muito menos quando ia terminar. Talvez horas, segundos, anos.

E assim, um sonho paralelo pôs sentido em tudo.
Ao voltar para casa, ao ver um daqueles seqüestradores, o agarrou pelo colarinho e, depois de ouvir “Me solte se não mato a criança” disse “Mate” e encravou uma adaga no seu peito. Repetiu a dose no segundo, esse, mais calmo e com a adaga alojada no abdômen, já sabia que ele tinha encontrado o sentido e disse “Você está livre”.
Nada nessa história faz sentido, se tratou de um sonho. Acordei assustado. No sonho, eu sonhei que aquilo tudo era um enigma, que a criança não existia e a matando eu estaria livre pra acordar. A criança não existia, mas o amor não correspondido, quem sabe.

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